Café?
Senti meu celular vibrar no bolço da calça. Olhei pra Caroline que estava concentrada no desenho que fazia, que era o meu vestido. Peguei o celular, abri a mensagem e franzi o cenho.
"Oi. Será que podíamos marcar de tomar um café algum dia? — Zayn"
Eu sorri de lado. Olhei novamente pra Caroline, fui dando passos lentos pra trás até sair do quarto dela.
Corri pra sala e me joguei no sofá.
"Uau, Zayn querendo tomar um "café" comigo... essa é nova! — Seunome"
Liguei a TV, fiquei passando os canais. Em menos de um minuto o celular vibrou.
"Não zomba, ok? Aceita tomar um café? — Zayn"
Eu tombei a cabeça pra trás. Eu e Zayn não temos uma conversa... normal desde que voltei pro Brasil. Não sou mais apaixonada por ele, isso eu tenho certeza. Qual seria o problema de tomar um café? Nenhum. E ele tem noiva. Peguei meu celular.
"Claro. Por que não? — Seunome"
Quase que instantaneamente, ele respondeu.
"Te encontro no Starbucks perto do studio daqui 30 minutos, ok? — Zayn"
Teclei um simples "Ok, até" e corri pro meu quarto.
Abri a janela e coloquei minha mão pra fora. Estava gélido. Abri meu armário e vesti uma roupa adequada para o clima.
Passei pelo quarto de Caroline, bati duas vezes na porta e ela se virou pra mim.
Eu: Carol, eu vou sair, ok?
Caroline: Para onde vai, mocinha? — eu ri.
Eu: Pro Starbucks. Quer algo?
Caroline: Me traz um capuccino e um café pro Joe, ele vai querer. — assenti.
Eu: Qualquer coisa me liga. — gritei já na sala.
Ouvi ela gritar "Ok" e saí.
[...]
Parei o carro em frente ao Starbucks e logo avistei Zayn, sentado em uma mesa mais afastada. Fui até ele, fiquei parada atrás dele e coloquei minhas mãos em seus olhos.
Eu: Adivinha quem é? — cantarolei.
Zayn: Hm... um anjo? — rimos. — É a Seunome.
Eu retirei minhas mãos de seus olhos e sentei na cadeira a sua frente.
Eu: Acertou! — ele sorriu. — Zayn, como tem meu telefone? — ele coçou a nuca.
Zayn: Pedi para Simon, tem algum problema? — perguntou em um sussurro. Eu sorri olhando pras mais.
Eu: Que isso. Fomos namorados, não tem por que. — ele sorriu.
Um garçom veio até nós, pegar os pedidos. Zayn pediu um café e eu um frapuccino de brigadeiro. Já disse que amo brigadeiro? Pois amo.
Zayn: De brigadeiro? — assenti. Ele sorriu. — Típico.
Ele me perguntou se eu estava animada para me apresentar e eu, óbvio, disse que estava muito animada.
Eu: E o casamento, quando saí? — ele engasgou com a própria saliva, me fazendo rir. Fiz um sinal pra que ele continuasse.
Zayn: Am... Perrie quer se casar o mais rápido possível. — assenti lentamente.
Eu: E você, quando quer que saí esse casamento?
Zayn: O menos rápido possível. — ele riu pelo nariz.
Eu: Zayn, quer mesmo se casar? — perguntei.
Zayn: Quero, mas não agora. — eu ri fraco.
Eu: Então por que pediu ela em casamento? — ele suspirou, jogando todo o seu peso no encosto da cadeira.
Zayn: A pressão da Perrie e da família dela.
Eu: Você não é obrigado. — ele respirou fundo e assentiu. — Você a ama?
Zayn: Sim, eu gosto muito dela. Ela é uma boa pessoa.
Eu: Claro, ela é adorável! — disse, irônica.
Zayn: Será que podemos parar de falar nesse assunto? — assenti. — É desconfortável ficar conversando sobre minha noiva com a minha ex-namorada.
Eu: Concordo. — ele sorriu de lado. — Me conta sobre a turnê! — disse, animada.
Zayn me contou cada detalhe da turnê passada e da turnê que estava por vir. Eu sorria cada vez que ele fazia o mesmo. Esse tempo que estive fora, soube notícias do Zayn. Claro, ele virou famoso. E parecia que ele nunca sorria... verdadeiramente. Quando ele sorri dessa forma, coloca a língua entre os dentes e seus olhos ficam pequeninos.
Eu olhei pro relógio.
Eu: Zayn, tenho que ir. Prometi para Caroline que iria ajudar ela nos desenhos! — ele assentiu. Me levantei e ele também.
Zayn: Foi bom te rever, Seunome. — eu sorri.
Eu: Digo o mesmo.
Ele se inclinou para beijar minha bochecha e eu fiz o mesmo, fazendo que nossas cabeças ficassem indo de um lado pro outro. Credo, parecíamos pombas! Eu segurei seus ombros e beijei sua bochecha.
Eu: Até mais, Zayn! — acenei e ele retribuiu.
Entrei no carro e sorri involuntariamente.
Eu: Senti falta dele. — sussurrei pra mim mesma.
Dei partida no carro e fui em direção a minha casa.
